De lá para cá, o puxão começou a ser sentido. Nada é mais como era antes. Absolutamente tudo está de cabeça para baixo. Mas, ao invés de permitir que isso ocorra, se preocupam com isso. Continuam no esforço de 'restaurar'. Temem o caos, a escuridão, a solidão. Tentam firmar seus pés na lama escorregadia. Mantêm sua confiança em instituições que tantas vezes lhes traíram. Cantam velhas canções de ninar para apaziguar feras vorazes, famintas de sangue. Vivem o velho clichê.
Meu antigo eu às vezes se emociona diante de tanta barbaridade, tanta ignorância, tanta estupidez, tanta manipulação emocional. E também se rebela e quase volta ao velho papel de Atlas... Sim, porque a rebeldia mais sofrida é a que carrega os pecados mundo. Mas, respiro milhões de vezes e volto para o meu camarote no topo mundo. E confirmo para mim mesma que não, não desejo representar nenhum dos papéis que este velho, cansado e findo mundo tem a me oferecer.
E é quando me dou conta que a 12-12-12 não foi apenas um mundo que acabou. Outro nasceu. E eu já vivo nele, insolente, arrogante e intratável. Que bom!
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