segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Atualização da Lua Cheia – 8 de Setembro de 2014

[A Lua Cheia ocorre segunda-feira, 8 de Setembro, às 00:30, Horário de Brasília]

Celebre a mudança em sua vida. Embora seja desafiador e você lute para aceitá-la, celebre-a, celebre de todas as maneiras. Este é um momento para abraçar a mudança e utilizar seu poder para expandir-se para o novo. Também é um bom dia para ancorar o começo de um novo projeto, uma rotina ou um relacionamento. Ou o começo de uma nova fase num projeto, rotina ou relacionamento. Celebre.

Esta lua cheia também é boa para apoiar qualquer compromisso que tenha em relação à mudança, este mês. Se há algo em sua vida que queira mudar, sua intenção comprometida pode ser apoiada por esta lua. Dê um passo em direção ao seu objetivo durante este período.

Bençãos,

Lena

NOTAS ASTROLÓGICAS:


Lua Cheia em Peixes
Sol em Virgo ~ Lua em Piscis a 16°
(Marte, 9 de setembro, 1:38 AM Horário do meridiano de Greenwich) 

Lua de Colheita, em sua plenitude e maturidade água-terra, reflete todos os presentes do verão no hemisfério norte – abóbora, feijão, frutas tardias que pendem pesadamente para compartilhar a abundância de Virgem na Terra.  Uma Lua Cheia feminina em Piscis nos atrai para a unicidade e a compaixão, nos sensibiliza com os reinos sutis do sentimento e o ser, por sua vez, dissolve qualquer separação de nossa própria e verdadeira natureza. A rendição é o portal de acesso ao jardim.

Quíron está em conjunção com a Lua e, assim, nossa viagem de experiência traz a distinção de curar feridas carregadas em nosso corpo emocional e espiritual e, também, se converte nessa força que vincula os níveis físico e cósmico. Quíron se senta entre Saturno e os planetas de frequência superior Urano, Netuno e Plutão. É o vínculo entre a mente coletiva e as energias galácticas no grande além.

Quíron foi um centauro e, como curador e mestre, ensinou o conhecimento xamânico de como curar nos níveis energético e celular; e como curar com o reino das plantas, os seres da pedra e os aliados animais. Quíron enfatiza a integração holística corpo-mente-espírito e envia o buscador ao seu interior, para que se converta em sua própria autoridade e força da verdade. Seria uma coincidência que quando Quíron foi libertado por Júpiter de sua imortalidade e se transformou na Constelação do Centauro, Sagitário, esta data apontasse para os 27° de Sagitário – o centro exato da Galáxia?

Bençãos adicionais neste mapa de Lua Cheia vêm da Lua Cheia/Quíron, sendo um ponto de um Grande Trino de água com Vesta a 16°e Juno a 16°. Vesta é nosso fogo espiritual interno, que enfocamos e dedicamos, primeiro, ao nosso próprio trabalho interno, sublimando o calor da energia Kundalini para nos descobrir a nós mesmos em nosso núcleo mais profundo, que descansa em nossa poderosa conexão com o Espírito. Vesta é onde nos renovamos quando vamos ao interior de nosso templo sagrado e encontramos o significado além dos valores espirituais tradicionais que nos ensinaram. Vesta traz a ampliação contínua das energias sexuais de negação/temores à liberdade total/expressão. Vesta é onde tomamos nossa energia preciosa e nos enfocamos, comprometemos, dedicamos a trabalhar em um sonho, um objetivo valioso. Vesta é esse aspecto de nós mesmos que mantemos como sagrado.     

Juno, que forma a terceira perna do Grande Trino, mantém nossa 'capacidade para o relacionamento valioso'. Ela mantém a necessidade feminina de intimidade e profunda conexão e, nos arquétipos tradicionais, quando estas necessidades não são respeitadas, ela sofre e luta contra a quebra de suas esperanças e sonhos de uma companhia compartilhada e igualitária. Ela é a campeã dos que não têm ninguém. Juno nos enfoca para o crescimento de novas expressões de intimidade, baseadas na verdade, igualdade e união com o outro.

Este Grande Trino Lua/Quíron, Juno e Vesta, fortalece o ressurgimento de nossa consciência feminina. Permitam que Quíron ajude a liberar qualquer coisa que tenham criado em temor e todavia possuam; e recriem sua vida com a ajuda da expressão feminina dos asteroides tão generosamente dotados de suavidade e graça na Lua Cheia.

É um mapa de serviço completo. Se a graça e a suavidade não são as vibrações mais frequentes em sua vida, agora, talvez esteja sentindo algo da elevada tensão dinâmica das múltiplas quadraturas criadas pelo forte aperto coletivo de Urano/Plutão que agora se unem a Juno e Mercúrio. Pode produzir alguma grande limpeza da casa no departamento dos relacionamentos. A verdade necessita se expressar. Lembram-se da frase "A verdade vos libertará"? Bem, definitivamente se aplica agora.

Esta formação do Dedo de Deus de que falei, a respeito da Lua Cheia com Urano na cúspide, se reformulou com Vesta e o Sol ajudando-nos a dar esse salto de consciência e descarregando mais de nossos Eus divinos. Isto é radical. ‘Permitir que a mudança comece comigo’. O que era certo na Lua Nova, segue sendo relevante:

Urano, que é um aliado para fazer grandes mudanças, está na cúspide de um aspecto do Dedo de Deus … acrescentando justamente essa explosão de rompimento, reforma e inspiração necessários para criar o movimento, se a pessoa estiver pronta para um influxo de energia poderoso em sua vida.

Netuno,  regente de Piscis está em oposição a Vênus. À medida que a ágil Vênus vê seu reflexo em Netuno, Plutão e Quíron - entre 10-17 de setembro, temos uma oportunidade para nos amar profundamente e nos perdoar. Valorizar-se como o filho ou filha do Espírito é uma prática muito boa (sorriso interior) e é o prelúdio para avançar até uma consciência superiormente centrada.

Nosso outro mensageiro alado, Mercúrio, estará disparando a quadratura Urano/Plutão entre 9-13 de setembro, para nos pôr em contato com a comunicação de nossa verdade mais profunda.

Nos aceleramos agora até o Equinócio de 22 de setembro. A mudança está no ar em muitas frentes. Mas, uma coisa é certa: o Amor é tudo o que é.

22/9 Equinócio de Outono/Primavera ~ Sol em Libra
22/9 Plutão retoma movimento direto a 10° de Capricórnio até 16 de abril de 2015
24/9 Lua Nova em Libra
4/10 Mercúrio Retrógrado a 2° de Escorpião até 25 de outubro
8/10 Lua Cheia/Eclipse Total da Lua em Áries
(Consultar tabela para ver o horário destes aspectos astrológicos em sua cidade).

Escrito por Patricia Liles  PATLILES@aol.com
por Lena Stevens y Pat Liles
http://thepowerpath.com
5 de Septiembre 2014
Traducción: Fara González López
Tradução para o Português: Jana de Paula
Difusión: El Manantial del Caduceo
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Famílias Tóxicas


Por Surá Lillo *

Foto: http://www.huffingtonpost.com/
Uma das coisas mais difíceis na Psicoterapia é integrar toda a dor que nossos próprios familiares nos propiciam, sobretudo quando somos crianças.

Os aspectos culposos e vergonhosos do ser humano se gestam dentro do núcleo familiar; para uma criança vítima de maus tratos ou abusos por parte de seus familiares, isto é um drama que se articula numa multidão de conflitos, ao lado da impotência de se defender e, também, essa necessidade de amor que não pode ser suprida pelas figuras mais importantes para a criança, ou seja, seu pai, sua mãe e, às vezes, os irmãos.

O grande dilema que esta situação gera é a quantidade de raiva e ressentimento que aninham na psique da criança, se vendo obrigada a gostar de seus pais e familiares que os molestam,  apesar dos  abusos ou maus tratos.

Frases como “família só há uma”, “como a família não existe nada” etc., nos levam a crer erroneamente que devemos amar a nossos carrascos. Mas, como pode uma menina amar seu pai, se este abusou sexualmente dela?

A ideia da família perfeita é apenas uma quimera.

Socialmente somos educados a honrar nossos pais, a gostar deles apesar de tudo, mas, quem defende a dignidade a criança?

Crescer num ambiente familiar violento, disfuncional se paga muito caro, pois na idade adulta este aspecto da psique, o Arquétipo do menino-menina ferido nos acompanha ao longo de nossa. Quando este arquétipo está ativos o adulto reage emocionalmente como uma criança, conectando-se com esse desamparo e abandono sofridos na mais tenra infância.

O arquétipo do menino [a] ferido [a] está presente em muitos adultos que de forma inconsciente arrastam esta do às costas. A falta de amor, de reconhecimento que a criança vivencia, ficou gravado em sua psique e só com um processo terapêutico continuado se pode integrar essa terrível ferida na psique.

O estigma deste arquétipo é o medo, a insegurança, o sentimento de abandono, a falta de auto-estima. A manifestação deste arquétipo se articula em doenças relacionadas com o aparelho digestivo, boca (dentes), vícios, bulimia-anorexia, depressão, ansiedade ... bem como em relações baseadas na dependência afetiva.
O arquétipo do menino [a] ferido [a] seria a ponta do iceberg, pois de analisamos o clã familiar, a estrutura que conforma a história de nossos ancestrais, podemos vislumbrar que  a dor não é um ato casual, mas, ao contrário, forma parte de nossa novela familiar, quer gostemos ou não.

Inconsciente Familiar

Para poder compreender e integrar a  realidade familiar dolorosa, temos que ampliar nosso campo de visão. Porque somos o elo de uma cadeia, formamos parte de um clã, onde a dor é como uma testemunha que passa, inexoravelmente de geração em geração.

Do ponto de vista transgeracional (inconsciente familiar) como integrantes de um clã, herdamos aspecto físico, caráter e também herdamos os conflitos não resolvidos de nossos antepassados,  vítimas de vítimas.
Ancelin Schützenber  psicanalista, analista de grupo – uma das primeiras terapeutas que utilizou o psicodrama de Moreno na França – e professora emérita de psicologia na universidade de Nice, em seu livro "Ai, meus ancestrais!", manifesta o modo como herdamos os conflitos, os traumas não curados de nossos ancestrais.

“Somos menos livres do que cremos", diz Anne Ancelin, "mas temos a possibilidade de conquistar nossa liberdade e de sair do destino repetitivo de nossa história se compreendemos os complexos vínculos que foram tecidos em nossa família”.

Assim, repetir os mesmos feitos, datas ou idades que conformaram o drama familiar de nossos ancestrais é, para nós, a maneira de honrá-los e de lhes ser leais.

Quando vivemos situações traumáticas dentro da família, em muitas ocasiões, são os fios invisíveis “inconsciente” que se manifestam dentro do clã, não são fatos “soltos” desconexos, mas, ao contrário, estão conectados com a historia familiar.

Uma criança mal tratada não surge do nada, na maioria dos casos seus próprios pais sofreram abuso e situações dolorosas da parte de seus próprios pais, por exemplo.

Na psicoterapia, é muito comum encontrar pessoas que sofrem as consequências de  ambientes familiares disfuncionais com uma grande carga de dor e de trauma psíquico.

É um erro comum em muitos enfoques terapêuticos levar o paciente a “perdoar”, ato muito nobre, é claro, mais que de pouco serve. Enfocar o conflito desde seu prisma sem haver  liberado, antes, a dor e o ressentimento, sem haver compreendido todo o quadro familiar de onde provimos é um ato estéril do ponto de vista terapêutico.

Anne Miller em sua obra “O corpo não mente” manifesta de que forma esta dupla moral “amarás teu pai e tua mãe” cria na pessoa uma dupla confusão da qual é difícil escapar. Ser “bons” acima de tudo, engolir qualquer tipo de humilhação proveniente de nossos pais e familiares é visto como um ato estóico, mas não nos confundamos, o sacrifício e a humilhação por que temos que passar não nos levará a curar, muito pelo contrário. Aceitar a própria verdade dolorosa dentro do sistema familiar dói, mas negá-la é ainda pior, pois tudo o que se reprime se imprime no inconsciente e se falamos de famílias, estas tampouco escapam da sombra.

Em nosso clã existe uma novela, um drama particular do qual todos os integrantes participam. A sombra na família não é prato predileto para ninguém, mas pero em todas as famílias “se cozinham feijões”.

Em datas comemorativas como os  “aniversários”, muitas pessoas vivem o conflito de ter que se reunir com a “família tóxica”, ou seja, com as pessoas que mais as fizeram sofrer um sua vida.

Nos aniversários há os doces, mas também é o tempo da hipocrisia e do silêncio contido, dos não-ditos, do julgamento, da culpa… Por isso, quanto nos aproximamos destas datas, nossos pulmões entram em colapso, não porque “pegamos um resfriado”, mas porque vivemos um ataque frontal em nosso território ou porque o ambiente está contaminado com o polvilho de assuntos não resolvidos, entre os integrantes da família.

A família perfeita e unida 'vende', mas por desgraça isso não é realidade; através dos meios de comunicação somos contaminados com estas imagens de perfeição que apenas nos levam à frustração, pois não nos vemos refletidos nelas, muito pelo contrário.

Se estamos imersos na dinâmica de uma “família tóxica”, primeiramente devemos aceitar que isso é assim, quer nos agrade ou não.  Muitas vezes é necessário prescrever um distanciamento de nossa própria família para poder viver com um pouco de paz, posto que o foco de conflito se encontra em seu seio e entrar em contato com as pessoas e situações conflituosas pode nos levar a vivenciar de vez em quando, as situações dolorosas.

Nesses casos, o trabalho terapêutico é muito recomendável, pois é no marco terapêutico onde estes vínculos tóxicos e complexos podem ser vistos, sentidos ou pressentidos, já que fora do contexto terapêutico são temas de que não se fala, pela grande dor que acarretam, porque são temas que envergonham, dolorosos, que muitos preferem esconder.

Afortunadamente, devido ao trabalho de pesquisa de muitos analistas e pesquisadores da psique humana podemos hoje em dia ajustar estes vínculos e nossos desejos, para que nossa vida esteja à altura do que desejamos, daquilo que profundamente ansiamos e necessitamos (e não o que se espera de nós) para poder SER.

Aceitar a natureza dual da vida é todo um trabalho de transformação que começa por nós mesmos e o lugar que ocupamos dentro de nossas famílias.

Nos agrade ou não, a vida dói, a família dói, mas o sofrimento, este emerge da negação e repressão da dor, depende de você encarar a vida de frente e se dignificar como pessoa, a sós se for necessário.

A verdadeira cura e transformação da alma nasce de enfrentar  y reconhecer nossa sombra. Depois? …Depois não há mais nada.

* Psicoterapeuta con Obsidiana (SITO) na Psicosomática Clínica (BIONEUROEMOCION)